Amor Além Da Vida

Amor Além Da Vida

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

9º Capítulo

Oiii pessoal, desculpa pela demora de postar, mas é que ainda ando organizando as coisas por aqui. Peço desculpas, e aviso que semana que vem não postarei poie não estarei em casa.

Obrigado pela compreensão.

Queremos? Eu não estou sabendo de nada.

- O que queremos falar com ele? – perguntei. Eu estava fora do assunto.

- Bom, me corrigindo então, eu quero falar com você. Mas sei que mesmo que o Thomas não saiba, ele vai aceitar.

- O que foi? – ele olhou para ela assustado.

- Quer ser o padrinho do bebê?

Era de se imaginar. Sentei e deixei-a continuar, ou ele dar a resposta.

- Claro que aceito, como posso recusar? Nunca! Mas você tomou essa decisão sozinha né? – e olhou para mim. Sinceramente eu não sabia de nada.

- Eu não sabia de nada. Ela não falou comigo sobre isso. Então eu não tenho culpa.

- Mas você aceita que eu seja o padrinho do bebê?

- Fazer o que né, você é o meu melhor amigo, vive aqui comigo, eu já estou enjoado de te ver todo dia, mas ainda sim, gosto muito de você.

- Valeu cara! Puxa fiquei muito feliz. Agora vou tomar banho. Preciso manter minha aparência de padrinho cheiroso.

E todos nós rimos. A noite foi longa. Deu para descansar bastante.

Quatro meses se passaram. Consulta na médica, fui promovido no trabalho para cargo de gerente, o bebê estava saudável, Joane também, a única coisa que não dava para saber, era se é menino ou menina. Eu já estava ficando ansioso. Enfim, ela chegou aos seus seis meses, o mês ideal para saber o sexo do bebê. Fomos à médica, ela já estava esperando com todos os equipamentos de ultra-som. Joane sentou-se na cama, e a médica começou a passar uma bola na barriga dela, que eu não fazia idéia de qual era o nome.

- Já pensaram nos nomes? – a médica perguntou. Creio que era a pergunta tradicional que todo médico fazia.

- Daphny se for menina, e Thomas Jr. se for menino. – revirei os olhos. Ela escolhera o nome do menino. Um nome do qual ela adorava, e eu ficava sem jeito com isso.

- Pois bem, então vamos dar boas vindas à Daphny! É uma menina. Parabéns!

Uma menina. Já pensava nela com o rosto de Joane, nada meu. Uma menina linda e abençoada. Joane pegou em minha mão e esticou um sorriso, e eu o retribuí. Fomos para casa, contamos para Júnior e para a mãe dela, todos ficaram muito felizes. Joane dormia muito, em conseqüência da gravidez, e eu estava feliz com minha família, que estaria completa daqui a três meses, e com um emprego que dê tudo de bom para minha esposa e minha filha. Os dias foram passando muito rápido. Quando vimos, faltava só um mês para a pequenina nascer. A espera era grande, mas havia um aperto no meu coração a cada dia que passava, não entendia o porquê. Íamos à médica regularmente, estava tudo bem com Joane e com o bebê. Faltava menos de uma semana, todos fazíamos a contagem. Era um dia de sol, muito lindo, acordei, fui fazer o café, Júnior me ajudou, e logo Joane levantou-se.


Continua?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

8º Capitulo

Oii pessoinhas do meu coração, aí vai o 8º capítulo.

- Sr. Thomas, pode entrar aqui, por favor?

O que aconteceu? – pensei. - será que ela estava doente? Uma doença grave? Levantei-me depressa e entrei no consultório. Ela estava sentada e sorriu para mim. Coisa grave não era. Sentei, assustado, preparado pra tudo. Bom pelo menos era o que eu pensava.

- Bem, devo certificar que isso não incomodará vocês. – ela falou olhando para mim.

- Não doutora, é muito bom. – Joane também me olhava.

- Do que se trata realmente doutora? É algo grave? – perguntei. Estava pronto para qualquer resposta.

- Não, Sr. Thomas, pelo contrário, pelo menos Joane gostou muito. Bem, ela está grávida.

GRÁVIDA. As palavras soavam bem lentamente, e entraram bem devagar no meu cérebro. Mas pensei bem no que ia falar.

- Ah, grávida. – só o que consegui falar. Ela passou sua mão em cima da minha.

- Tudo bem amor? Você parece tenso.

- Não, eu estou bem, é só que, era a última coisa que eu esperava. Fui pego de surpresa.

- Mas o que você acha? É claro que não vou abortar. Isso está fora de cogitação.

- Não de jeito nenhum, nem eu quero. – é claro que isso estava fora de cogitação.

- E então, o que você acha?

- Bom, somos jovens, acho que nenhum de nós dois pensávamos nisso, mas será bem vindo.

Ela sorriu. Passou a mão sobre a barriga, que não tinha volume algum. Minha mão pousou em cima da sua, que estava na barriga. Ela pegou minha mão e sorriu, tão linda, tão inocente. A médica interrompeu nosso momento “família”.

- Bem, quero avisá-los que a gravidez é recente, portanto, todo cuidado é pouco. O pré-natal é essencial desde o começo, ou melhor, desde que se descobre que esta grávida. Assim, o bebê tem um desenvolvimento cheio de cuidados e muito amor.

- Doutora, como que funciona o pré-natal? – ela perguntou. Eu também queria saber.

- O pré-natal é um acompanhamento que a mãe gestante faz durante sua gravidez, visando se haverá problemas com o feto, ou com a mãe. Também pode-se fazer, quando o bebe estiver desenvolvido, se há deformações no gene do feto. É assim que funciona. Pode-se fazer pelo convênio ou particular, os pais escolhem.

- Quero fazer particular. Creio que será mais seguro.

- Muito bem. É melhor vocês irem pra casa, conversarem, e então marcar uma outra consulta para ver o que vão fazer. O Sr. Thomas até agora falou pouco, creio que está assustado, então é melhor conversarem calmamente em casa. Quando você voltar, eu lhe direi tudo o que você pode ou não fazer, tudo bem?

- Sim doutora, muito obrigada. Até uma outra hora. Boa tarde.

- Boa tarde Joane. Boa tarde Sr., Thomas.

Fui tirado dos meus pensamentos. Joane me cutucou. Pus-me de pé.

- Boa tarde doutora.

Pegamos um táxi. Não dava para eu aceitar ela caminhar muito. Ela já foi pra clinica caminhando, mas também ninguém sabia. Chegamos em casa, ela foi tomar banho. Depois eu fui. Quando sai, Júnior veio em minha direção.

- Parabéns papai! Ah cara como eu to feliz! Sabia que algo bom ia acontecer. Agora eu estou curioso para saber se é menino ou menina!

- Vai devagar Júnior. Um passo de cada vez. Ela está no início ainda, vai demorar um pouco, não se empolga. – o cortei. Ele estava exagerando.

- Júnior, vem me ajudar, por favor! – ela gritou. Mas que história é essa de Júnior? Fui deixado para trás? Eu e Júnior nos dirigimos à cozinha. Júnior chegou e ajudou-a a por a mesa.

- Fui deixado para trás agora? Por que você não me chamou para te ajudar?

- Desculpe meu amor. Mas eu não quero estressá-lo mais do que você está.

- Eu estressado? Por que você chegou a essa conclusão?

- Depois conversamos, por favor, agora vamos jantar.

Concordei. Eu não quero brigar com ela. Ainda mais no estado em que ela se encontra. E nunca brigamos, não é agora que quero começar. Sentei-me e jantamos, em um silêncio. Hoje, nem Júnior abriu a boca pra falar besteira, mas aquilo já estava me deixando angustiado. Terminamos, e bem rápido, comecei a lavar a louça. Quebrei um prato e um copo. Deixei garfo, faca, colher, tudo cair no chão. Devem ser os nervos. Algo me dizia que o que ela queria conversar não era algo bom. Eu não parei. Joane e Júnior ficaram parados vendo eu me atrapalhar. De repente, mais um prato se foi, cortei o dedo.

- Ai, nossa me cortei. – pensei que ela não tinha escutado.

- Amor, me deixa ver, é mesmo, foi um corte bem intenso, Júnior pega a maletinha de primeiros socorros, eu vou cuidar disso.

- Não, nem pensar. Já vai parar, não se incomode. – queria que ela descansasse e esquecesse tudo.

- Eu vou cuidar disso, você fique quieto.

Júnior voltou com a maletinha. Depois de deixar na mesa, continuou a lavar a louça.

- Nossa, se não tivéssemos muitos pratos, iríamos à falência. – deu uma risadinha. Não achei graça.

- Não fala assim, Júnior. Não iria gostar se fosse você. – finalmente ela me defendeu, e brigou com ele. Meu dia de vingança chegou!

- Seu idiota. Deixe-me cortar seu dedo ou sua mão para ver se você fala mais alguma coisa. – não perdi essa.

- Não, relaxa irmão. Estou bem assim. Pelo menos um pode lavar a louça. – e caiu na gargalhada.

Sinceramente, não sei de onde ele tirava tanta graça. Ela cuidava do meu dedo com uma delicadeza, dava até para dormir. Amenizava a dor. Suspirei, e quando ela terminou foi jogar os gases no lixo e guardar a maletinha.

- Pronto amor. Agora senta e sossega. Já vamos dormir.

- Vou ajudar o Júnior na louça. – ele precisava.

- Não. Você fica aí que eu ajudo-o. – ela insistia.

- Não, de jeito nenhum. Você vai descansar, e eu ajudo o Júnior. – eu também insisti. Uma hora ela ia desistir.

- Chega, Thomas. – só quando ela estava brava que falava assim. – Eu vou ajudar o Júnior e ponto final. Não quero discutir. Eu estou grávida, e não paraplégica.

- É cara, sossega. Afinal vocês dois já podem ir dormir. Eu já estou terminando. Vão e conversem.

Peguei-a pela mão e a levei para o quarto. Ela foi se arrumar para dormir, e depois eu fui. Estávamos deitados, ela em cima do meu peito, brincava com os botões da minha camisa. O silêncio era torturador.

- Então, o que você quer conversar comigo? – ela parou de mexer nos botões. Sentou, e olhou para mim com preocupação.

- Você quer mesmo essa criança? Quer mesmo ser pai?

- O que você está querendo dizer com isso? É claro que essa criança será bem vinda. De onde vieram essas idéias?

- Você não parece estar feliz. Eu sei que foi uma surpresa para você, foi para mim também. Mas sua reação foi de rejeição.

- Claro que não. Amor eu fiquei surpreso, admito. Mas eu estou muito feliz e empolgado com essa gravidez.

- Sério mesmo?

- Sério. Juro. A única coisa que me preocupa é o meu serviço.

- O que te preocupa?

- O meu salário até dá para sustentar mais um, só que para pagar o pré-natal, fica complicado. Posso guardar dinheiro para dar uma vida melhor para essa criança, mas pagar o pré-natal, fica complicado.

- O pré-natal eu dou um jeito. Não se preocupa com isso.

- O que você tem em mente?

- Amanhã vou contar para minha mãe, quem sabe ela pode pagar meu pré-natal.

- Não. Ela não vai pagar nada. Não vamos incomodá-la. Nem que eu faça hora extra todo dia, mas não vamos pedir dinheiro de ninguém.

- Mas amor, ela é minha mãe, ela vai querer ajudar. E você não tem que fazer nenhum sacrifício.

- Não vou fazer nenhum sacrifício.

- Amanhã eu vou conversar com ela, e você não vai me impedir. Estamos conversados. Vou dormir, ou melhor, nós vamos dormir. – passou a mão na barriga.

- Eu também vou. Boa noite. – beijei sua barriga. Depois lhe dei um beijo na testa e fomos dormir.

Dito e feito. Ela foi conversar com a mãe, e ela, muito bondosa, exigiu que eu deixasse pagar o pré-natal. Eu aceitei, de tanto ela insistir. Ela pirou quando soube que ia ganhar um netinho, ou uma netinha. Fez planos para o quarto do bebê, etc. ela foi embora, e Júnior chegou, com uma sacola. Nem perguntei o que era. Tinha medo da resposta.

- Olha só o que eu comprei para o bebê! – tirou da sacola. Era um chocalho. Bem lindinho, colorido.

- Ah Júnior, já está bem apressado. – ela deu uma risadinha. – Obrigado. Muito lindo mesmo. Eu e o Thomas queremos falar com você.

Continua?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

7º Capítulo

Oiiii pessoal, aí vai o 7º capítulo. Eu entendo que cada vez mais a curiosidade aumenta.

Fomos para o cafofo. Chegamos, abri a porta e o cafofo, com sua decoração original da bagunça, estava limpo, arrumado e cheiroso. Fui até a sala, e lá estava ela, dormindo no sofá. Dei-lhe um beijo na testa e a coloquei na cama. Preparei o jantar, ela acordou, tomou banho, depois eu também, e fomos jantar os três. Estávamos na mesa, e o silêncio foi interrompido como sempre, pela mesma pessoa.

- Vou sair hoje e não vou dormir em casa, não se preocupem comigo. Quero dar um pouco de privacidade para vocês dois.

- Por favor, Júnior, ninguém quer que você fique fora de casa só para ficarmos sozinhos.

Tinha uma exceção, eu queria.

- Não se preocupe Joane. Amanhã estarei de volta. Vocês aproveitem o máximo.

- Obrigada Júnior. Você é muito bondoso.

Não faz mais que obrigação. – pensei. - Ele ajudou Joane na louça, e eu fui arrumar a mesa. Ele saiu, e eu e Joane ficamos sozinhos. Assistimos um filme, só começamos, mas não conseguimos assistir até o final. Nem me lembro o nome do filme, queria me concentrar em outra coisa. Amanheceu, e quando acordei, ela estava deitada em meus braços, o som da sua respiração bem baixa e suave. Havia um barulho na cozinha, levantei-me e fui ver o que era. Era o Júnior, um milagre ele estar em casa àquela hora e tentando fazer o café da manhã.

- Quer ajuda?

Ele pulou. Certamente que havia levado um susto. Virou-se e riu.

- Se quiseres. Aliás, cadê a sua esposa? Não era o certo você estar lá com ela?

- Ela está dormindo. Não a acorde. Eu te ajudo no café.

- Tudo bem. Eu quero ajuda sim.

Ajudei-o no café. Ela acordou e dirigiu-se à cozinha. Sentou-se, se espreguiçou e sorriu.

- Bom dia para os dois. Estou tão cansada! Parece que nem dormi.

- Thomas, o que você fez com ela?

- Eu não fiz nada seu idiota. Ela está cansada pela faxina que fez ontem.

- É Júnior, não se preocupe, vou tirar à tarde para descansar, depois de eu limpar a casa.

- Nada disso. – me queixei - Você vai descansar, eu e o Júnior vamos cuidar da casa.

- Não. Vocês descansem de manhã, e a tarde, eu descanso.

- Não, você vai descansar a partir do momento que terminar o café.

Ela olhou pra mim e não falou mais nada. Terminou seu café, deitou na cama e dormiu. À noite, Júnior ficou conosco. Dormimos cedo, e acordamos todos na mesma hora. Tomamos café, e ficamos em casa o dia todo, e foi assim pelo resto da semana. Domingo resolvemos ir ao shopping, mas foi um passeio rápido. A partir de segunda, comecei a trabalhar novamente. Tive uma surpresa de boas vindas para o mais novo casado da empresa, mas depois prosseguiu o trabalho. Passou-se três semanas. Júnior enfim conseguiu um emprego, e resolveu fazer uma comemoração só nós três, em casa mesmo. Estávamos todos os três na mesa conversando.

- E aí como vai o novo emprego? – perguntei.

- Vai bem. Para um primeiro dia, nada mal. – e demos uma risadinha.

Notei que Joane estava muito quieta. Depois quando fomos dormir, perguntei-lhe o que ela tinha.

- Amor, o que você tem? Você tem andado tão quieta ultimamente.

Parece que ela foi pega distraída. Estava imersa em pensamentos, mas entendeu minha pergunta.

- Não. Não tem nada errado. Só estou nervosa, amanhã tenho exames de rotina para fazer, e sempre fico nervosa. – sorriu. Eu nem perguntei mais nada. Deixei-a cair em meu colo e adormecer.

Amanheceu, levantei-me para preparar o café, ela veio atrás de mim. Sentou-se, não falou nada, e também não quis café. Deixei, ela tinha exames pra fazer, tinha que ficar em jejum. Júnior acordou, e veio tomar café.

- Bom Dia! Bom Dia! Vamos todos acordar!

- Por que essa alegria toda Júnior? – ela perguntou. Mas não mostrou nenhum interesse à pergunta.

- Sei lá. Hoje acordei numa felicidade só. Acho que algo vai acontecer comigo.

- Que bom Júnior. Vou torcer para que isso aconteça.

Fomos para a clínica. Fiquei aguardando na sala de espera. O que eu ia fazer lá dentro? Nada. Isso é coisa dela. Ela foi, fez os exames. Estariam prontos hoje à tarde, mas viríamos consultar amanhã. Voltamos para casa, preparei um almoço rápido, o Júnior não estava em casa. Estava trabalhando. Eu iria trabalhar à tarde, pedi essa manhã, e amanhã de tarde de folga, para que eu possa acompanhá-la no médico. A tarde foi longa, parece que não passava as horas do serviço. Cheguei em casa, Júnior já estava. Isso é bom, pelo menos ela não ficou sozinha por muito tempo. Tomamos banho, jantamos, e fomos dormir. O dia amanheceu com um algo a mais, pelo menos pra mim. Joane acordou, tomou café, lavou a louça, eu a ajudei a limpar o cafofo, que, ultimamente, anda bem organizado. Almoçamos na lanchonete perto de casa, e dali, fomos para a clínica. Ela entrou no consultório, e eu fiquei na sala de espera. De repente fui surpreendido com a médica me chamando.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

6º Capítulo

Oiii pessoal, desculpem a demora para postar, mas é que ando muito ocupada com a formatura.
Maas, aí vai o 6º capítulo.


Ele abraçou Joane e me abraçou também.

- Nossa eu estava com tanta saudade de vocês.

- Nós também estávamos. - ela sorriu. Será mesmo que ela estava? Ou era só para alegrá-lo?

- Vamos pegar um cineminha hoje, casal feliz?

- Qual o filme? – perguntei. Podia ser filmes desagradáveis como ele sempre escolhia.

- Diário de uma paixão. – e ele suspirou. Não agüentei, caí na gargalhada.

- O que foi? – ele perguntou.

- Não acredito! Desde quando você gosta de filme de romance?

- Eu gosto desde que Joane me fez assistir aquele “Um Amor para Recordar!”.

- Não liga para ele Júnior, se ele não quiser ir, eu vou com você.

- Eu sei Joane, ninguém precisa dele pra ser feliz.

- Me desculpe, mas eu preciso. Mas se ele não quiser ir, não vou fazer esforço algum. Eu vou junto com você.

Não gostei disso. É claro que eu iria junto.

- É claro que eu vou.

- Muito bem então. – ela se dirigia ao quarto – Vou trocar a roupa e nós três vamos.

- Vou com você. – e a segui.

Trocamos a roupa, Júnior também. Fomos ao cinema, o filme até que era legal. Júnior chorava deveras. Tinha hora que eu não agüentava e dava risadinha, mas Joane me cutucava e olhava atravessado. Ela era tão bondosa, a cada dia eu me apaixonava mais por ela. Ao sair do cinema, esperamos júnior sair do banheiro, e fomos a uma lanchonete. Chegamos em casa, fomos dormir. Joane nesta noite não parava, fiquei preocupado, ela poderia está tendo um sonho ruim, mas depois ela logo parou. No dia seguinte, quando acordei, Joane não estava na cama. Fui ao banheiro, e depois fui para a cozinha, ela estava lá com o café pronto. Sacudi o beliche até sentir que Júnior havia acordado. Ele nem terminou de botar os pés no chão, caiu de joelhos. Sentei-me e fui ler o jornal.

- Bom dia amor. Hoje o café está bem simples. Fiz tudo as pressas. – ela sorriu.

- Não se preocupe, tenho certeza que está bom.

- Bom dia Júnior, fiz suas panquecas preferidas.

- Com geléia de morango?

- Exatamente. Pode se sentar ali que o seu prato já está lhe esperando.

- Nossa, isso tudo?

- Penso que você tem bastante fome, pelo que eu vejo todos os dias.

- É tem razão.

Ele mergulhou-se em suas panquecas. Fiquei curioso em saber o que Joane queria fazer hoje.

- O que você vai querer fazer hoje amor?

- Hoje quero ficar em casa, para fazer uma faxina geral. Está precisando.

- É mesmo. Vou ficar e te ajudar

- Porque você não sai com o Júnior? Não estou querendo te despachar, mas já faz um tempão que vocês dois não ficam juntos.

- Não faço a mínima questão. – sorri para ela. Mas pelo visto ela não gostou da minha resposta.

- Não seje tão mesquinha. Saia com o Júnior, aí vocês tem tempo para olhar as meninas sem medo.

Revirei os olhos. Aquilo servia só para o Júnior.

- É vamos cara. To morrendo de saudade de te dar uns amassos. – piscou e veio me agarrar.

- Saí fora Júnior. – me distanciei dele – Tudo bem, eu vou dar uma volta com ele. Tem certeza que não precisa de mim?

- Não, não. Eu e a casa vamos nos entender. Pode ir.

Peguei Júnior pelo braço e o empurrei até a porta. Voltei, dei um beijo em Joane e saí. Foi um passeio normal, no parque ali perto. Mas nada em silêncio, como quando eu e Joane quando caminhamos, Júnior não conseguia ficar com a boca fechada.

- E aí, como está o casamento? Vai voltar para o seu serviço quando?

- Você sabe como está o meu casamento, você mora junto. Eu vou começar a trabalhar semana que vem. O meu patrão foi bondoso e me deu uma semana de folga. E você, quando vai arranjar um serviço? Ou você está achando que seus pais vão sempre bancar tudo para você?

- Eu estou atrás de um emprego, juro. Mas nada se encaixa, escolho sempre os piores.

- Acha que eu escolhi? A melhor coisa que tem é ser independente. Agora eu sou casado, e com o meu serviço.

- E as crianças? Você acha que o seu salário vai dar para sustentar uma família?

- Que crianças Júnior?

- Ah, certamente você e a Joane queiram ter filhos, mais tarde. Você terá que arrumar um trabalho melhor.

- É, mas quando decidirmos ter, eu corro atrás.

- E eu vou ser o padrinho né?

- Vou pensar nisso ainda. Mas Júnior, nem estamos pensando em filhos ainda. Ela é nova, tem só 17 anos. Queremos curtir um pouco a vida de casados sozinhos por um tempo.

- Eu sei. Só estava brincando.

- Creio que isso não é assunto para brincadeira.

- Ta bom foi mal. Vamos para casa? Quero ficar em casa.

- Vamos.

sábado, 4 de dezembro de 2010

5º Capítulo

Oiii gente, aí vai o 5º capítulo!

Todos se levantaram, e ela entrou, com a mãe ao lado, linda, sorridente, e sempre olhando para mim. Eu me perdi em seu olhar, o pessoal riu porque eu fiquei desligado, mas deu tudo certo. Nós dissemos sim, e prometemos nos amar, até que a morte nos separe. Fomos para a festa de formatura, todos se divertindo, chegamos em casa era meia noite. Só nós dois. Um tremor percorreu meu corpo. Eu era dela e ela era minha. Para sempre, embora prometemos para o padre que era até a morte. Ela sentou em meu colo, e passou sua mão em meu rosto.

- A verdade se tornou realidade. -disse-me- Eu agradeço você por ter esperado, por ter cumprido sua promessa. Eu te amo. E agora nos pertencemos.

E suas palavras nos tomaram. Foi tudo tão maravilhoso. Tão correto. Foi bom nós termos esperado, assim, foi mais mágico. Éramos compatíveis. Nos encaixamos perfeitamente. Estava amanhecendo, ela dormia profundamente em meus braços. Tirei-a com cuidado, e fui à cozinha preparar alguma coisa para ela comer. Preparei umas panquecas e um copo de leite, eu sabia que era o que ela mais gostava de comer. Botei tudo em uma bandeja, e levei na cama. Ela estava sentada com minha camisa, olhou, e sorriu. Pos a mão para que eu sentasse ao lado dela.

- Bom dia, amor. Seu café da manhã preferido.

- O cheiro ta bom. Vamos ver então se o gosto é melhor. - ela seu uma garfada e fez uma careta. Eu me encolhi, mas estava pronto para escutar.

- Huuuum! O gosto é melhor ainda. Parabéns amor!

- Obrigado. Ainda bem que está bom.

- Quer provar? Só um pedacinho, sei que você não é fã, mas só um pedacinho.

- Ta.

- Lá vai.

Mastiguei e engoli. E não era que estava bom? Não sabia que estava cozinhando tão bem assim. Sorri e fui pegar meu café. Um café bem simples. Ainda estava empanzinado com o jantar. Lavei a louça, e ela enxugou. Deixava-me louco ver ela só de camisa, mas era dia, então vamos devagar. À tarde fomos dar uma volta pela praça, fomos ao museu, e depois retornamos. Júnior nos deu o final de semana para ficarmos sozinhos, e íamos aproveitar o máximo. Passamos o final de semana o mais juntos possível. E chegou segunda, sem escola, sem compromisso. Estávamos arrumando a casa quando Júnior apareceu.

Continua? Comentem.