Amor Além Da Vida

Amor Além Da Vida

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

9º Capítulo

Oiii pessoal, desculpa pela demora de postar, mas é que ainda ando organizando as coisas por aqui. Peço desculpas, e aviso que semana que vem não postarei poie não estarei em casa.

Obrigado pela compreensão.

Queremos? Eu não estou sabendo de nada.

- O que queremos falar com ele? – perguntei. Eu estava fora do assunto.

- Bom, me corrigindo então, eu quero falar com você. Mas sei que mesmo que o Thomas não saiba, ele vai aceitar.

- O que foi? – ele olhou para ela assustado.

- Quer ser o padrinho do bebê?

Era de se imaginar. Sentei e deixei-a continuar, ou ele dar a resposta.

- Claro que aceito, como posso recusar? Nunca! Mas você tomou essa decisão sozinha né? – e olhou para mim. Sinceramente eu não sabia de nada.

- Eu não sabia de nada. Ela não falou comigo sobre isso. Então eu não tenho culpa.

- Mas você aceita que eu seja o padrinho do bebê?

- Fazer o que né, você é o meu melhor amigo, vive aqui comigo, eu já estou enjoado de te ver todo dia, mas ainda sim, gosto muito de você.

- Valeu cara! Puxa fiquei muito feliz. Agora vou tomar banho. Preciso manter minha aparência de padrinho cheiroso.

E todos nós rimos. A noite foi longa. Deu para descansar bastante.

Quatro meses se passaram. Consulta na médica, fui promovido no trabalho para cargo de gerente, o bebê estava saudável, Joane também, a única coisa que não dava para saber, era se é menino ou menina. Eu já estava ficando ansioso. Enfim, ela chegou aos seus seis meses, o mês ideal para saber o sexo do bebê. Fomos à médica, ela já estava esperando com todos os equipamentos de ultra-som. Joane sentou-se na cama, e a médica começou a passar uma bola na barriga dela, que eu não fazia idéia de qual era o nome.

- Já pensaram nos nomes? – a médica perguntou. Creio que era a pergunta tradicional que todo médico fazia.

- Daphny se for menina, e Thomas Jr. se for menino. – revirei os olhos. Ela escolhera o nome do menino. Um nome do qual ela adorava, e eu ficava sem jeito com isso.

- Pois bem, então vamos dar boas vindas à Daphny! É uma menina. Parabéns!

Uma menina. Já pensava nela com o rosto de Joane, nada meu. Uma menina linda e abençoada. Joane pegou em minha mão e esticou um sorriso, e eu o retribuí. Fomos para casa, contamos para Júnior e para a mãe dela, todos ficaram muito felizes. Joane dormia muito, em conseqüência da gravidez, e eu estava feliz com minha família, que estaria completa daqui a três meses, e com um emprego que dê tudo de bom para minha esposa e minha filha. Os dias foram passando muito rápido. Quando vimos, faltava só um mês para a pequenina nascer. A espera era grande, mas havia um aperto no meu coração a cada dia que passava, não entendia o porquê. Íamos à médica regularmente, estava tudo bem com Joane e com o bebê. Faltava menos de uma semana, todos fazíamos a contagem. Era um dia de sol, muito lindo, acordei, fui fazer o café, Júnior me ajudou, e logo Joane levantou-se.


Continua?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

8º Capitulo

Oii pessoinhas do meu coração, aí vai o 8º capítulo.

- Sr. Thomas, pode entrar aqui, por favor?

O que aconteceu? – pensei. - será que ela estava doente? Uma doença grave? Levantei-me depressa e entrei no consultório. Ela estava sentada e sorriu para mim. Coisa grave não era. Sentei, assustado, preparado pra tudo. Bom pelo menos era o que eu pensava.

- Bem, devo certificar que isso não incomodará vocês. – ela falou olhando para mim.

- Não doutora, é muito bom. – Joane também me olhava.

- Do que se trata realmente doutora? É algo grave? – perguntei. Estava pronto para qualquer resposta.

- Não, Sr. Thomas, pelo contrário, pelo menos Joane gostou muito. Bem, ela está grávida.

GRÁVIDA. As palavras soavam bem lentamente, e entraram bem devagar no meu cérebro. Mas pensei bem no que ia falar.

- Ah, grávida. – só o que consegui falar. Ela passou sua mão em cima da minha.

- Tudo bem amor? Você parece tenso.

- Não, eu estou bem, é só que, era a última coisa que eu esperava. Fui pego de surpresa.

- Mas o que você acha? É claro que não vou abortar. Isso está fora de cogitação.

- Não de jeito nenhum, nem eu quero. – é claro que isso estava fora de cogitação.

- E então, o que você acha?

- Bom, somos jovens, acho que nenhum de nós dois pensávamos nisso, mas será bem vindo.

Ela sorriu. Passou a mão sobre a barriga, que não tinha volume algum. Minha mão pousou em cima da sua, que estava na barriga. Ela pegou minha mão e sorriu, tão linda, tão inocente. A médica interrompeu nosso momento “família”.

- Bem, quero avisá-los que a gravidez é recente, portanto, todo cuidado é pouco. O pré-natal é essencial desde o começo, ou melhor, desde que se descobre que esta grávida. Assim, o bebê tem um desenvolvimento cheio de cuidados e muito amor.

- Doutora, como que funciona o pré-natal? – ela perguntou. Eu também queria saber.

- O pré-natal é um acompanhamento que a mãe gestante faz durante sua gravidez, visando se haverá problemas com o feto, ou com a mãe. Também pode-se fazer, quando o bebe estiver desenvolvido, se há deformações no gene do feto. É assim que funciona. Pode-se fazer pelo convênio ou particular, os pais escolhem.

- Quero fazer particular. Creio que será mais seguro.

- Muito bem. É melhor vocês irem pra casa, conversarem, e então marcar uma outra consulta para ver o que vão fazer. O Sr. Thomas até agora falou pouco, creio que está assustado, então é melhor conversarem calmamente em casa. Quando você voltar, eu lhe direi tudo o que você pode ou não fazer, tudo bem?

- Sim doutora, muito obrigada. Até uma outra hora. Boa tarde.

- Boa tarde Joane. Boa tarde Sr., Thomas.

Fui tirado dos meus pensamentos. Joane me cutucou. Pus-me de pé.

- Boa tarde doutora.

Pegamos um táxi. Não dava para eu aceitar ela caminhar muito. Ela já foi pra clinica caminhando, mas também ninguém sabia. Chegamos em casa, ela foi tomar banho. Depois eu fui. Quando sai, Júnior veio em minha direção.

- Parabéns papai! Ah cara como eu to feliz! Sabia que algo bom ia acontecer. Agora eu estou curioso para saber se é menino ou menina!

- Vai devagar Júnior. Um passo de cada vez. Ela está no início ainda, vai demorar um pouco, não se empolga. – o cortei. Ele estava exagerando.

- Júnior, vem me ajudar, por favor! – ela gritou. Mas que história é essa de Júnior? Fui deixado para trás? Eu e Júnior nos dirigimos à cozinha. Júnior chegou e ajudou-a a por a mesa.

- Fui deixado para trás agora? Por que você não me chamou para te ajudar?

- Desculpe meu amor. Mas eu não quero estressá-lo mais do que você está.

- Eu estressado? Por que você chegou a essa conclusão?

- Depois conversamos, por favor, agora vamos jantar.

Concordei. Eu não quero brigar com ela. Ainda mais no estado em que ela se encontra. E nunca brigamos, não é agora que quero começar. Sentei-me e jantamos, em um silêncio. Hoje, nem Júnior abriu a boca pra falar besteira, mas aquilo já estava me deixando angustiado. Terminamos, e bem rápido, comecei a lavar a louça. Quebrei um prato e um copo. Deixei garfo, faca, colher, tudo cair no chão. Devem ser os nervos. Algo me dizia que o que ela queria conversar não era algo bom. Eu não parei. Joane e Júnior ficaram parados vendo eu me atrapalhar. De repente, mais um prato se foi, cortei o dedo.

- Ai, nossa me cortei. – pensei que ela não tinha escutado.

- Amor, me deixa ver, é mesmo, foi um corte bem intenso, Júnior pega a maletinha de primeiros socorros, eu vou cuidar disso.

- Não, nem pensar. Já vai parar, não se incomode. – queria que ela descansasse e esquecesse tudo.

- Eu vou cuidar disso, você fique quieto.

Júnior voltou com a maletinha. Depois de deixar na mesa, continuou a lavar a louça.

- Nossa, se não tivéssemos muitos pratos, iríamos à falência. – deu uma risadinha. Não achei graça.

- Não fala assim, Júnior. Não iria gostar se fosse você. – finalmente ela me defendeu, e brigou com ele. Meu dia de vingança chegou!

- Seu idiota. Deixe-me cortar seu dedo ou sua mão para ver se você fala mais alguma coisa. – não perdi essa.

- Não, relaxa irmão. Estou bem assim. Pelo menos um pode lavar a louça. – e caiu na gargalhada.

Sinceramente, não sei de onde ele tirava tanta graça. Ela cuidava do meu dedo com uma delicadeza, dava até para dormir. Amenizava a dor. Suspirei, e quando ela terminou foi jogar os gases no lixo e guardar a maletinha.

- Pronto amor. Agora senta e sossega. Já vamos dormir.

- Vou ajudar o Júnior na louça. – ele precisava.

- Não. Você fica aí que eu ajudo-o. – ela insistia.

- Não, de jeito nenhum. Você vai descansar, e eu ajudo o Júnior. – eu também insisti. Uma hora ela ia desistir.

- Chega, Thomas. – só quando ela estava brava que falava assim. – Eu vou ajudar o Júnior e ponto final. Não quero discutir. Eu estou grávida, e não paraplégica.

- É cara, sossega. Afinal vocês dois já podem ir dormir. Eu já estou terminando. Vão e conversem.

Peguei-a pela mão e a levei para o quarto. Ela foi se arrumar para dormir, e depois eu fui. Estávamos deitados, ela em cima do meu peito, brincava com os botões da minha camisa. O silêncio era torturador.

- Então, o que você quer conversar comigo? – ela parou de mexer nos botões. Sentou, e olhou para mim com preocupação.

- Você quer mesmo essa criança? Quer mesmo ser pai?

- O que você está querendo dizer com isso? É claro que essa criança será bem vinda. De onde vieram essas idéias?

- Você não parece estar feliz. Eu sei que foi uma surpresa para você, foi para mim também. Mas sua reação foi de rejeição.

- Claro que não. Amor eu fiquei surpreso, admito. Mas eu estou muito feliz e empolgado com essa gravidez.

- Sério mesmo?

- Sério. Juro. A única coisa que me preocupa é o meu serviço.

- O que te preocupa?

- O meu salário até dá para sustentar mais um, só que para pagar o pré-natal, fica complicado. Posso guardar dinheiro para dar uma vida melhor para essa criança, mas pagar o pré-natal, fica complicado.

- O pré-natal eu dou um jeito. Não se preocupa com isso.

- O que você tem em mente?

- Amanhã vou contar para minha mãe, quem sabe ela pode pagar meu pré-natal.

- Não. Ela não vai pagar nada. Não vamos incomodá-la. Nem que eu faça hora extra todo dia, mas não vamos pedir dinheiro de ninguém.

- Mas amor, ela é minha mãe, ela vai querer ajudar. E você não tem que fazer nenhum sacrifício.

- Não vou fazer nenhum sacrifício.

- Amanhã eu vou conversar com ela, e você não vai me impedir. Estamos conversados. Vou dormir, ou melhor, nós vamos dormir. – passou a mão na barriga.

- Eu também vou. Boa noite. – beijei sua barriga. Depois lhe dei um beijo na testa e fomos dormir.

Dito e feito. Ela foi conversar com a mãe, e ela, muito bondosa, exigiu que eu deixasse pagar o pré-natal. Eu aceitei, de tanto ela insistir. Ela pirou quando soube que ia ganhar um netinho, ou uma netinha. Fez planos para o quarto do bebê, etc. ela foi embora, e Júnior chegou, com uma sacola. Nem perguntei o que era. Tinha medo da resposta.

- Olha só o que eu comprei para o bebê! – tirou da sacola. Era um chocalho. Bem lindinho, colorido.

- Ah Júnior, já está bem apressado. – ela deu uma risadinha. – Obrigado. Muito lindo mesmo. Eu e o Thomas queremos falar com você.

Continua?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

7º Capítulo

Oiiii pessoal, aí vai o 7º capítulo. Eu entendo que cada vez mais a curiosidade aumenta.

Fomos para o cafofo. Chegamos, abri a porta e o cafofo, com sua decoração original da bagunça, estava limpo, arrumado e cheiroso. Fui até a sala, e lá estava ela, dormindo no sofá. Dei-lhe um beijo na testa e a coloquei na cama. Preparei o jantar, ela acordou, tomou banho, depois eu também, e fomos jantar os três. Estávamos na mesa, e o silêncio foi interrompido como sempre, pela mesma pessoa.

- Vou sair hoje e não vou dormir em casa, não se preocupem comigo. Quero dar um pouco de privacidade para vocês dois.

- Por favor, Júnior, ninguém quer que você fique fora de casa só para ficarmos sozinhos.

Tinha uma exceção, eu queria.

- Não se preocupe Joane. Amanhã estarei de volta. Vocês aproveitem o máximo.

- Obrigada Júnior. Você é muito bondoso.

Não faz mais que obrigação. – pensei. - Ele ajudou Joane na louça, e eu fui arrumar a mesa. Ele saiu, e eu e Joane ficamos sozinhos. Assistimos um filme, só começamos, mas não conseguimos assistir até o final. Nem me lembro o nome do filme, queria me concentrar em outra coisa. Amanheceu, e quando acordei, ela estava deitada em meus braços, o som da sua respiração bem baixa e suave. Havia um barulho na cozinha, levantei-me e fui ver o que era. Era o Júnior, um milagre ele estar em casa àquela hora e tentando fazer o café da manhã.

- Quer ajuda?

Ele pulou. Certamente que havia levado um susto. Virou-se e riu.

- Se quiseres. Aliás, cadê a sua esposa? Não era o certo você estar lá com ela?

- Ela está dormindo. Não a acorde. Eu te ajudo no café.

- Tudo bem. Eu quero ajuda sim.

Ajudei-o no café. Ela acordou e dirigiu-se à cozinha. Sentou-se, se espreguiçou e sorriu.

- Bom dia para os dois. Estou tão cansada! Parece que nem dormi.

- Thomas, o que você fez com ela?

- Eu não fiz nada seu idiota. Ela está cansada pela faxina que fez ontem.

- É Júnior, não se preocupe, vou tirar à tarde para descansar, depois de eu limpar a casa.

- Nada disso. – me queixei - Você vai descansar, eu e o Júnior vamos cuidar da casa.

- Não. Vocês descansem de manhã, e a tarde, eu descanso.

- Não, você vai descansar a partir do momento que terminar o café.

Ela olhou pra mim e não falou mais nada. Terminou seu café, deitou na cama e dormiu. À noite, Júnior ficou conosco. Dormimos cedo, e acordamos todos na mesma hora. Tomamos café, e ficamos em casa o dia todo, e foi assim pelo resto da semana. Domingo resolvemos ir ao shopping, mas foi um passeio rápido. A partir de segunda, comecei a trabalhar novamente. Tive uma surpresa de boas vindas para o mais novo casado da empresa, mas depois prosseguiu o trabalho. Passou-se três semanas. Júnior enfim conseguiu um emprego, e resolveu fazer uma comemoração só nós três, em casa mesmo. Estávamos todos os três na mesa conversando.

- E aí como vai o novo emprego? – perguntei.

- Vai bem. Para um primeiro dia, nada mal. – e demos uma risadinha.

Notei que Joane estava muito quieta. Depois quando fomos dormir, perguntei-lhe o que ela tinha.

- Amor, o que você tem? Você tem andado tão quieta ultimamente.

Parece que ela foi pega distraída. Estava imersa em pensamentos, mas entendeu minha pergunta.

- Não. Não tem nada errado. Só estou nervosa, amanhã tenho exames de rotina para fazer, e sempre fico nervosa. – sorriu. Eu nem perguntei mais nada. Deixei-a cair em meu colo e adormecer.

Amanheceu, levantei-me para preparar o café, ela veio atrás de mim. Sentou-se, não falou nada, e também não quis café. Deixei, ela tinha exames pra fazer, tinha que ficar em jejum. Júnior acordou, e veio tomar café.

- Bom Dia! Bom Dia! Vamos todos acordar!

- Por que essa alegria toda Júnior? – ela perguntou. Mas não mostrou nenhum interesse à pergunta.

- Sei lá. Hoje acordei numa felicidade só. Acho que algo vai acontecer comigo.

- Que bom Júnior. Vou torcer para que isso aconteça.

Fomos para a clínica. Fiquei aguardando na sala de espera. O que eu ia fazer lá dentro? Nada. Isso é coisa dela. Ela foi, fez os exames. Estariam prontos hoje à tarde, mas viríamos consultar amanhã. Voltamos para casa, preparei um almoço rápido, o Júnior não estava em casa. Estava trabalhando. Eu iria trabalhar à tarde, pedi essa manhã, e amanhã de tarde de folga, para que eu possa acompanhá-la no médico. A tarde foi longa, parece que não passava as horas do serviço. Cheguei em casa, Júnior já estava. Isso é bom, pelo menos ela não ficou sozinha por muito tempo. Tomamos banho, jantamos, e fomos dormir. O dia amanheceu com um algo a mais, pelo menos pra mim. Joane acordou, tomou café, lavou a louça, eu a ajudei a limpar o cafofo, que, ultimamente, anda bem organizado. Almoçamos na lanchonete perto de casa, e dali, fomos para a clínica. Ela entrou no consultório, e eu fiquei na sala de espera. De repente fui surpreendido com a médica me chamando.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

6º Capítulo

Oiii pessoal, desculpem a demora para postar, mas é que ando muito ocupada com a formatura.
Maas, aí vai o 6º capítulo.


Ele abraçou Joane e me abraçou também.

- Nossa eu estava com tanta saudade de vocês.

- Nós também estávamos. - ela sorriu. Será mesmo que ela estava? Ou era só para alegrá-lo?

- Vamos pegar um cineminha hoje, casal feliz?

- Qual o filme? – perguntei. Podia ser filmes desagradáveis como ele sempre escolhia.

- Diário de uma paixão. – e ele suspirou. Não agüentei, caí na gargalhada.

- O que foi? – ele perguntou.

- Não acredito! Desde quando você gosta de filme de romance?

- Eu gosto desde que Joane me fez assistir aquele “Um Amor para Recordar!”.

- Não liga para ele Júnior, se ele não quiser ir, eu vou com você.

- Eu sei Joane, ninguém precisa dele pra ser feliz.

- Me desculpe, mas eu preciso. Mas se ele não quiser ir, não vou fazer esforço algum. Eu vou junto com você.

Não gostei disso. É claro que eu iria junto.

- É claro que eu vou.

- Muito bem então. – ela se dirigia ao quarto – Vou trocar a roupa e nós três vamos.

- Vou com você. – e a segui.

Trocamos a roupa, Júnior também. Fomos ao cinema, o filme até que era legal. Júnior chorava deveras. Tinha hora que eu não agüentava e dava risadinha, mas Joane me cutucava e olhava atravessado. Ela era tão bondosa, a cada dia eu me apaixonava mais por ela. Ao sair do cinema, esperamos júnior sair do banheiro, e fomos a uma lanchonete. Chegamos em casa, fomos dormir. Joane nesta noite não parava, fiquei preocupado, ela poderia está tendo um sonho ruim, mas depois ela logo parou. No dia seguinte, quando acordei, Joane não estava na cama. Fui ao banheiro, e depois fui para a cozinha, ela estava lá com o café pronto. Sacudi o beliche até sentir que Júnior havia acordado. Ele nem terminou de botar os pés no chão, caiu de joelhos. Sentei-me e fui ler o jornal.

- Bom dia amor. Hoje o café está bem simples. Fiz tudo as pressas. – ela sorriu.

- Não se preocupe, tenho certeza que está bom.

- Bom dia Júnior, fiz suas panquecas preferidas.

- Com geléia de morango?

- Exatamente. Pode se sentar ali que o seu prato já está lhe esperando.

- Nossa, isso tudo?

- Penso que você tem bastante fome, pelo que eu vejo todos os dias.

- É tem razão.

Ele mergulhou-se em suas panquecas. Fiquei curioso em saber o que Joane queria fazer hoje.

- O que você vai querer fazer hoje amor?

- Hoje quero ficar em casa, para fazer uma faxina geral. Está precisando.

- É mesmo. Vou ficar e te ajudar

- Porque você não sai com o Júnior? Não estou querendo te despachar, mas já faz um tempão que vocês dois não ficam juntos.

- Não faço a mínima questão. – sorri para ela. Mas pelo visto ela não gostou da minha resposta.

- Não seje tão mesquinha. Saia com o Júnior, aí vocês tem tempo para olhar as meninas sem medo.

Revirei os olhos. Aquilo servia só para o Júnior.

- É vamos cara. To morrendo de saudade de te dar uns amassos. – piscou e veio me agarrar.

- Saí fora Júnior. – me distanciei dele – Tudo bem, eu vou dar uma volta com ele. Tem certeza que não precisa de mim?

- Não, não. Eu e a casa vamos nos entender. Pode ir.

Peguei Júnior pelo braço e o empurrei até a porta. Voltei, dei um beijo em Joane e saí. Foi um passeio normal, no parque ali perto. Mas nada em silêncio, como quando eu e Joane quando caminhamos, Júnior não conseguia ficar com a boca fechada.

- E aí, como está o casamento? Vai voltar para o seu serviço quando?

- Você sabe como está o meu casamento, você mora junto. Eu vou começar a trabalhar semana que vem. O meu patrão foi bondoso e me deu uma semana de folga. E você, quando vai arranjar um serviço? Ou você está achando que seus pais vão sempre bancar tudo para você?

- Eu estou atrás de um emprego, juro. Mas nada se encaixa, escolho sempre os piores.

- Acha que eu escolhi? A melhor coisa que tem é ser independente. Agora eu sou casado, e com o meu serviço.

- E as crianças? Você acha que o seu salário vai dar para sustentar uma família?

- Que crianças Júnior?

- Ah, certamente você e a Joane queiram ter filhos, mais tarde. Você terá que arrumar um trabalho melhor.

- É, mas quando decidirmos ter, eu corro atrás.

- E eu vou ser o padrinho né?

- Vou pensar nisso ainda. Mas Júnior, nem estamos pensando em filhos ainda. Ela é nova, tem só 17 anos. Queremos curtir um pouco a vida de casados sozinhos por um tempo.

- Eu sei. Só estava brincando.

- Creio que isso não é assunto para brincadeira.

- Ta bom foi mal. Vamos para casa? Quero ficar em casa.

- Vamos.

sábado, 4 de dezembro de 2010

5º Capítulo

Oiii gente, aí vai o 5º capítulo!

Todos se levantaram, e ela entrou, com a mãe ao lado, linda, sorridente, e sempre olhando para mim. Eu me perdi em seu olhar, o pessoal riu porque eu fiquei desligado, mas deu tudo certo. Nós dissemos sim, e prometemos nos amar, até que a morte nos separe. Fomos para a festa de formatura, todos se divertindo, chegamos em casa era meia noite. Só nós dois. Um tremor percorreu meu corpo. Eu era dela e ela era minha. Para sempre, embora prometemos para o padre que era até a morte. Ela sentou em meu colo, e passou sua mão em meu rosto.

- A verdade se tornou realidade. -disse-me- Eu agradeço você por ter esperado, por ter cumprido sua promessa. Eu te amo. E agora nos pertencemos.

E suas palavras nos tomaram. Foi tudo tão maravilhoso. Tão correto. Foi bom nós termos esperado, assim, foi mais mágico. Éramos compatíveis. Nos encaixamos perfeitamente. Estava amanhecendo, ela dormia profundamente em meus braços. Tirei-a com cuidado, e fui à cozinha preparar alguma coisa para ela comer. Preparei umas panquecas e um copo de leite, eu sabia que era o que ela mais gostava de comer. Botei tudo em uma bandeja, e levei na cama. Ela estava sentada com minha camisa, olhou, e sorriu. Pos a mão para que eu sentasse ao lado dela.

- Bom dia, amor. Seu café da manhã preferido.

- O cheiro ta bom. Vamos ver então se o gosto é melhor. - ela seu uma garfada e fez uma careta. Eu me encolhi, mas estava pronto para escutar.

- Huuuum! O gosto é melhor ainda. Parabéns amor!

- Obrigado. Ainda bem que está bom.

- Quer provar? Só um pedacinho, sei que você não é fã, mas só um pedacinho.

- Ta.

- Lá vai.

Mastiguei e engoli. E não era que estava bom? Não sabia que estava cozinhando tão bem assim. Sorri e fui pegar meu café. Um café bem simples. Ainda estava empanzinado com o jantar. Lavei a louça, e ela enxugou. Deixava-me louco ver ela só de camisa, mas era dia, então vamos devagar. À tarde fomos dar uma volta pela praça, fomos ao museu, e depois retornamos. Júnior nos deu o final de semana para ficarmos sozinhos, e íamos aproveitar o máximo. Passamos o final de semana o mais juntos possível. E chegou segunda, sem escola, sem compromisso. Estávamos arrumando a casa quando Júnior apareceu.

Continua? Comentem.

domingo, 28 de novembro de 2010

4º Capítulo

Oiii pessoal, aí vai o 4º Capítulo!

Eu fiquei organizando as coisas enquanto ela não acordava. De repente ela apareceu, e sentou-se na cadeira. Ela olhou para mim, eu estava paralisado. Creio que estava esperando ela dizer algo. Ela sorriu.

- Não acredito que você ficou em casa, só para não me deixar sozinha. Você é muito bom pra mim, mais do que eu mereço.

Sentei-me ao lado dela, e a abracei.

- Você merece muito mais do que eu. É claro que eu não ia deixar você sozinha. Eu ainda não estou louco. Está melhor?

- Um pouco. Estou suando, acho que é porque a febre passou, preciso de um banho.

- Quer que eu a ajude a ir ao banheiro? Ou você consegue?

- Não, eu consigo. Quero só dois favores.

- Quais?

- Eu quero que pegue minha roupa, e que prepare um café bem caprichado, estou com muita fome, se não se importa. – revirei os olhos, e ela deu uma risadinha do que eu fiz. Beijei-a na testa, ela foi para o banheiro.

Enquanto o café esquentava, eu peguei sua roupa e deixei na porta. Depois fui terminar o café. Fiz dois mistos, se ela quisesse mais, eu faria depois. Ela saiu do banheiro, sentou-se e devorou os mistos. Fiquei feliz por ter voltado seu apetite. Ela levantou-se, botou as coisas na pia e começou a lavar. Peguei sua mão, e a tirei da pia. Ela me olhou confusa. Eu sorri, e sentei-a na cadeira.

- Eu posso lavar louça. – ela disse tipo que mandando.

- Eu sei. Mas você ainda está doente, amor vou lavar a louça e ponto final.

- Não vou discutir com você. – e piscou.

Lavei a louça, e ela só observava. Ela me observava com um olhar que me arrepiava.

- Sabe, você é sexy até de avental e lavando louça. – deu uma risadinha. Eu merecia aquilo?

- Hum sei.

- Sério. Tem homem que não leva jeito pra nada nos serviços de casa. Mas você se dá muito bem. – e aplaudiu. Eu não sabia onde me enfiava.

- Um dia quero ver você lavar a louça. Não que eu não tenha visto, mas quero analisar. Já sei minha decisão, mas quero olhar de cada ângulo também.

Ela mostrou a língua e rimos juntos. Eu não ia me esquecer do que disse. Mais tarde, Júnior chegou da escola, se acomodou no sofá e ligou a televisão. Joane estava no banho, e eu fui lá pedir ajuda ao Júnior para o jantar.

- Vamos Júnior. Ajuda-me a preparar o jantar.

- Peraí, eu to vendo quem ficou em primeiro no jogo de beisebol. Eu já vou lá.

- Então ta. Se você não for eu volto aqui e vai ser pior.

- Ta relaxa, eu já vou.

Voltei para a cozinha. Resolvi fazer hambúrguer. Júnior logo veio me ajudar. Sorte dele.

- Acha que Joane estará melhor amanhã? Maggie quer ver com ela os enfeites da “formatura”.

- Acho que provavelmente Joane estará melhor. Mas tem que perguntar para ela.

Ela apareceu no corredor. Júnior correu para o lado dela.

- E aí irmãzinha, -ele deu uma risadinha- você está melhor? Vai para a escola amanhã?

- Estou sim. E vou para a escola amanhã. Por que o interesse?

- É que a Maggie quer ver com você os enfeites da “formatura”.

- Hum, irei sim. Vou ligar para o médico e pedir para que ele venha num horário depois de eu estar em casa. Obrigada pelo recado Júnior.

- De nada irmãzinha.

Ela ligou pro médico, jantamos, eu realmente acreditei que ela estava melhor, e ela estava. Fomos todos dormir. De manhã, fomos para a escola, a mesma rotina de sempre, aturar aquela professora de literatura. Quando chegamos em casa, o médico em menos de meia hora chegou. Examinou-a e disse que estava tudo bem, mas que era melhor ela evitar pegar friagem. A mãe dela foi buscá-la para provar o vestido, e ela trouxe meu smoking, para ver se servia. Serviu. Menos uma coisa para eu me incomodar. Os três dias passaram na mesma rotina. Enfim, sexta chegou. Eu estava ansioso, ou melhor, todos nós estávamos. Mas eu tinha um motivo a mais. Daqui a algumas horas, eu seria um homem casado. E bem casado. A Sra. Thunner foi lá pegar Joane para se arrumar, pois pela tradição, o noivo não pode ver a noiva antes do casamento, porque dá azar. Fala sério. Enfim, eu e o Júnior fomos para o salão. Eu suava em bicas. Deve ser normal. Creio que todo noivo ficava assim como estava. E a hora não passava, quanto mais ansioso eu ficava, mais demorava. E as músicas começaram, eu já estava no “altar”.


hahahaha Fiquem curiosos!

Continua? Comentem.

domingo, 21 de novembro de 2010

3º Capítulo

Oii pessoal, olha estou postando a história, maas acho que não está lucrando muito. Se vocês acham que deve parar avisam para mim, não ficarei chateada.
Aí vai o 3º capítulo.


3º Capítulo

Chegamos e sentamos em um banco, e ali ficamos abraçados.

- Não imagino uma vida melhor que essa. Com alguém que eu amo e que me ama também. – ela interrompeu o silêncio.

- Eu também não. Somos felizes, nada irá nos separar, e nos amamos incondicionalmente.

- É verdade. E eu prometo te amar assim, até depois da minha morte.

Um frio ocorreu em meu corpo. Preferi mudar de assunto.

- Eu também. Vamos para casa? Ou melhor, para o cafofo?

- Vamos. Até porque eu quero arrumar minhas roupas no guarda roupa.

Fomos para o cafofo, ela arrumou suas coisas, e eu fiquei vendo televisão. Júnior havia saído. Depois resolvi tomar banho, e logo depois ela foi. Jantamos, e nenhum sinal do Júnior. Isso piorava as coisas, pois estávamos sozinhos, mas eu irei cumprir a promessa! Eu irei! Eram três horas da manhã, Joane estava dormindo no quarto, e eu estava deitado na cozinha, Júnior enfim resolve aparecer. Mas acho que ninguém queria ver como ele estava, mas eu vi. O traste estava com batons na camisa, a camisa rasgada, o cinto quebrado, eu me perguntava se ele havia virado um mendigo ou um garoto de programa. Ele estava horrível. Rezei para que Joane não acordasse. Ainda pra ajudar, ele estava bêbado.

- Posso saber onde você estava? Que chegou a essa situação?

- Não sei. – entendi. Ele não ia falar coisa com coisa.

Empurrei-o para o banheiro, e o botei debaixo do chuveiro, um banho bem frio que ele nunca irá esquecer. Ele tentou me empurrar, mas não conseguiu, a fraqueza o venceu.

- Para, para! Chega, já voltei ao normal!

- É mesmo? Então você vai me explicar tudo direitinho, e sem escândalo para não acordar a Joane, entendeu?

- Entendi! Mas para com essa água gelada! Vou ficar doente.

- E eu com isso? Você merece ficar aqui o dia todo, seu malandro. Mas vou parar, porque sei que você vai gritar e acordá-la.

- Vontade eu tenho de acordar ela. Só para que você não brigue comigo.

- Você faz as coisas erradas e não quer que eu brigue com você? Ah você está pedindo pra eu ter um caminhão de paciência.

- Ta eu explicarei tudo. Mas pare, por favor.

Parei. Eu o ouviria. Pelo menos isso eu faria. Sentamos no sofá, e ele começou com suas explicações.

- Como eu te falei que eu iria à festa da Bárbara, eu fui. Depois da festa, eu me lembro mais ou menos. – e deu um sorrisinho sem graça.

- Me conte tudo. Tudo mesmo, sei que você se lembra. Não minta pra mim.

- Ta, tudo bem. Eu bebi demais, e umas garotas começaram a fazer uns convites para eu e os rapazes. Nós aceitamos. Eu só sei que fomos para na casa na Charlotte, os pais dela haviam saído, e tava tudo livre. E desse momento em diante, você imagina o que aconteceu.

- Não precisa entrar em detalhes. Agora pegue sua camisa, seu cinto, ou melhor, sua roupa, e de um fim nisso.

- Ta pode deixar. Vai dormir cara.

- Vou. Nem sei por que me incomodo com você.

- Porque você me ama. – e deu uma piscadinha.

Revirei os olhos. Ele merecia umas boas bofetadas. Amanheceu, acordei, e fui ver Joane, ela estava dormindo. Será que ela escutou alguma coisa? Queria que não. Voltei para a cozinha, e dei uma cotovelada na barriga do Júnior. Depois fui preparar o café. Joane havia me ensinado como se fazia um bom café.

- Acorda Júnior. Levanta e vai preparando a mesa para o café. E rápido, antes que eu te dê outra cotovelada.

- Ai cara, não vai dar. Estou com uma enorme dor de cabeça.

- Problema seu. Não mandei você beber, e nem chegar três horas da manhã em casa. Levanta antes que eu perca minha paciência.

- Ta já vou.

Ele se levantou. Foi lavar o rosto. Depois veio me ajudar.

- E a Joane hein? Ela não vai acordar?

- A deixe dormindo. E espero que ela não tenha escutado nossa conversa.

- Acho que não. Ela deve estar cansada.

- Tomara. O que você vai fazer hoje? Não vai ir pra festa novamente né?

- Não. Aliás, amanhã tem aula. Se eu aparecesse com aquela situação em que eu me encontrava ontem para a Sra. Kurten, o que ela irá pensar de mim?

- O que todos pensam que você é! Um sem noção, idiota, que vive do dinheiro dos pais.

- Ai essa doeu.

- Mais vai dizer que é mentira?

- Não é. Vou tomar juízo. E por falar em Sra. Kurten, tenho que fazer o trabalho. Será que alguém topa fazer o trabalho comigo em pleno domingo?

- Não sei. Eu e Joane faremos hoje. Você sabe que o trabalho é para amanhã.

- É isso eu sei. Bom, vou tomar o café, e vou correndo atrás de alguém que esteja sozinho.

- Ta bom.

Joane chegou à cozinha, sentou-se à mesa. Ela era linda até sonolenta como ela estava. Ela se espantou com o Bom Dia do Júnior.

- Bom dia, Cinderela. Como você está? Dormiu bem? – acho que ele falava alto de propósito.

- Bom dia, amor. O que você quer para o café da manhã? – eu disse, mas menos escandaloso.

- Bom dia para vocês dois. Desculpa eu estar assim, é que estou com dor de cabeça, e meu raciocínio está lerdo.

- Tudo bem, vou pegar um remédio para você. – Júnior se ofereceu.

- Quer alguma coisa para comer? – perguntei preocupado pela dor de cabeça dela.

- Eu quero um suco, qualquer sabor, para eu tomar com o remédio.

Levantei-me e fui fazer um suco. O primeiro que eu vi foi de morango, mas fiz, ela disse que podia ser de qualquer sabor. Entreguei o copo na mão dela, e Júnior entregou o remédio. Ela tomou, e depois sorriu.

- Obrigada. Vocês dois são muito bons para mim. - ela deu um sorriso fraco.

Passei minha mão em seu rosto. Ela estava quente.

- Não quer comer nada? Você está quente.

- Não, não estou com fome. Só quero deitar, estou tonta.

- Está bem, vou deitar você ali no beliche, pode ser?

- Pode.

Deitei-a no beliche e fui arrumar a mesa e lavar a louça. Minha cabeça estava martelando, “o que ela tem?”, era melhor eu chamar o médico. Olhei para Júnior, e ele me olhava com uma cara assustada.

- O que foi? – perguntei. Ele estava parado, sem movimento, e com a boca escancarada.

- Por favor, por favor. Thomas, meu melhor amigo, me diz que vocês não fizeram nada ontem. Fala que você ainda está cumprindo com sua promessa. Por favor, eu preciso me sentir bem.

- De onde você tirou essa conclusão?- olhei, ela estava dormindo. - É claro que eu vou cumprir minha promessa. E se ela estivesse grávida, ela não saberia de um dia para o outro.

- Ah que bom! Mas acho melhor chamar um médico.

- É isso que eu vou fazer depois que eu terminar de lavar a louça. E você vai limpar tudo depois. Quero ficar com ela hoje.

- Ta, mas queres que eu ligue para o médico? Ele vem mais rápido.

- Pode ser. Liga para o médico dela. É melhor.

- Ta. Vou pegar o número.

E ele foi. Pelo menos para isso ele serviu. Terminei a louça, e ele continuou na limpeza. Peguei o termômetro, e fui ver sua febre. É, realmente ela estava com febre, 40°. Logo, o médico chegou, examinou-a, e ela voltou a dormir. O médico logo me passou o laudo.

- Ela está com febre, com a garganta irritada, e com dor muscular. Eu tomei nota, e ela está com uma gripe forte. Ela tomará esses remédios, e daqui a uns dois dias eu virei aqui vê-la. Ela irá ficar melhor.

- Tudo bem doutor, muito obrigado.

Levei-o até a porta. À tarde, fiz o trabalho, Júnior conseguiu um par para ele fazer o trabalho, levou-a lá. Nem me importei, ela era uma menina boa, nem incomodou. Joane ficou deitada o dia todo. Lá uma vez ou outra ela se sentava. À noite, ajudei-a a ir ao banheiro para tomar banho. Depois ajudei a ir para a cama. Depois fui tomar banho e jantar. Júnior levou a menina para casa, e voltou para o jantar. Estávamos só nós dois, Joane já estava deitada, e tinha passado o dia todo com água. Fiquei preocupado.

- Se Joane não acordar melhor, alguém vai ter que ficar com ela aqui. Eu fico, você leva os trabalhos e entrega para a Sra. Kurten, assim ela não terá do que reclamar.

- Não. Você vai e entrega para ela. Diz que a Joane não foi porque ela está doente, e eu não fui porque eu fiquei com ela, para não deixá-la sozinha.

- Tudo bem então. Como quiser.

Terminamos, cuidamos da louça, e fomos dormir. Eu mal dormi, estava preocupado em ela precisar de alguma coisa e eu não escutar ela chamar. Mas passou-se a noite e ela não chamou. Em algumas horas, fui lá ver se ela ainda respirava. Aquilo estava me deixando louco. O dia estava clareando, Júnior acordou, tomou seu café, pegou os trabalhos e foi para a escola.

Continua?
Comentem, aguardo resposta de vocês!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

2º Capítulo

Booom pessoal, peço desculpas por não ter postado dia 15, mas sabe como que é né. A internet não pega, aí fica difícil. Mas curtem agora o 2º Capítulo!

2º Capítulo

Abri a porta, e parei, aquele cafofo estava uma bagunça! Fui até a sala, onde o vagabundo estava deitado. Dei um tapa na cabeça, que o fez cair no chão. Desliguei a televisão e já comecei meu discurso:

- Tudo o que eu falar agora, você nem pense em falar para Joane, porque ela é tão boa, que pediu para eu esquecer o que você disse na sala. Eu prometi pra ela, mas só pra ela, para não aborrecê-la. Mas você não merece perdão. Você vai me prometer que depois da nossa conversinha, vai pensar muito bem no que vai falar, pensa que mesmo que Joane não demonstre, acha que ela não ficou magoada? Ela não é de ferro. E eu te pedi pra não trazer suas “amiguinhas” aqui? Vocês começam a brincar de pega-pega e isso fica uma bagunça! Agora toma juízo, e arruma toda essa zona, porque a Joane vai vir para cá amanhã, e eu não quero que ela pense em nada dos absurdos que você faz! Entendeu tudo o que eu disse?

Ele me olhou, os olhos arregalados, e fez que sim. Quando eu me dirigia à cozinha para ver o que faltava de alimento, ele levantou o dedo. Parecia uma escola. Tremi só de pensar no nome.

- O que foi?

- Foi muito educado como você dirigiu o nome as minhas namoradas. – E sorriu.

- Fala sério, Júnior, acha que todo dia você tem uma namorada nova? Só para os tolos acreditarem! Você é um necessitado! Não vive sem sexo!

- Não vivo mesmo. E garanto que você esteja ansioso para se casar. Não que você seja virgem, que isso acho que até a Joane tem certeza que não, mas agora você está comportado, sem fazer nada, nesse sentido. Mas a Joane te virou, te deixou um homem comportado, olha nesses dois anos, fiquei até surpreso, você com essa paciência toda, você não era assim, até hoje agradeço Joane por ter te mudado um pouco, ou melhor, um pouco não, quase completamente.

Revirei os olhos. Concordo, ela me mudou um pouco, principalmente a paciência que eu tenho com esse traste. Mas mudei o assunto de imediato:

- Arruma tudo, e, por favor, cumpre o que te pedi.

- Foi mau irmão, eu não vou fazer mais isso.

- Espero.

Depois da faxina que ele fez, e depois de eu ver o que faltava, fomos dormir. Nossa ele essa noite não parava na cama, cansei de chutar o colchão pra ver se ele parava, mas nem assim. O dia já estava clareando e o despertador tocou. Fiquei feliz por ele já ter levantado e feito o café, pelo menos para isso ele servia. Sentamos-se à mesa, mas mesmo assim ele ainda quicava. Perdi minha paciência e chutei sua perna. Ele caiu da cadeira.

- Puxa, você podia ter um pouco de paciência né. Afinal, a Joane irá morar conosco a partir de hoje. Mas você está um bruto! Ai!

- Você devia me agradecer porque não te dei uns socos, você merecia. Mal dormi hoje! Você não parava na cama! Isso estava me deixando louco!

- Ah, mas depois você vai me agradecer, tenho uma surpresa para vocês.

Olhei para ele desconfiado. Ele sabia o que eu quis dizer.

- Relaxa, não é nada demais. Tanto ela quanto você irão gostar.

- Eu espero mesmo que não seja nada demais. Porque se for, vou fazer picadinho de Júnior e dar para os cachorros.

- Calma, eu hein, relaxa que vocês vão gostar.

Peguei minhas coisas e fui buscar Joane. O mesmo procedimento de sempre. Só que hoje os olhos dela quando encontraram os meus, estavam anciosos, esperançosos, e eu nem queria lembrar da surpresa do Júnior, eu espero mesmo que não seja nada demais. Chegamos à escola, e é claro que não era só o Júnior que estava quicando, era de se imaginar que Maggie também estaria. Ela abraçou Joane, e as duas foram conversar. Em minha opinião, ela teria mais fofocas amanhã. O sinal tocou e fomos para a sala. Hoje a aula estava um tédio, como sempre, com aquela professora... Será que ela nunca se cansava de literatura? Pode ser que não, mas certamente os alunos se cansavam. No final da aula, Júnior saiu todo apressado, nem queria imaginar o porquê. Levei-a para casa, para ela pegar suas coisas, e fui para o meu cafofo, ela pegaria suas coisas e o motorista iria levá-la até lá. Ao chegar, levei um susto. No lugar do beliche, estava uma cama de casal, e o beliche se encontrava na cozinha. Fechei os olhos e pensei: “Isso é um pesadelo”. Bom, pelo menos ele não botou rosas, velas, camisinhas, nada disso. Devo dar um desconto a ele. Respirei fundo e me dirigi para a cozinha. Ele estava em pé escrevendo algo em um cartaz.

- O que é isso? – Perguntei confuso.

- Ah, isso é um cartaz de boas vindas para Joane.

- Ta, mas pra que aquela cama de casal?

- Ah isso é uma pergunta meio idiota. É lógico que daqui a uma semana vocês irão se casar, e, me oferecendo para ser seu padrinho, dei a cama de casal para vocês.

- Onde você conseguiu aquela cama?

- Eu comprei.

- Com que dinheiro?

- Aí é que ta. Eu falei para os meus pais. Claro que eu não falei que ela iria vir morar antes com nós dois, mas que eu iria ser o padrinho do seu casamento, e então, queria dar um aconchego melhor para vocês dois. Então, minha mãe disse que seria melhor uma cama de casal, porque vocês dois no beliche, não dá. Então ela pagou a cama.

- Coitada da sua mãe! E você a incomodou por causa de nós?

- É um presente para vocês, e não reclame. O presente é meu e dos meus pais. Eles desejaram muitas felicidades para vocês.

- Quando você falar com eles, diz que eu agradeço, e agradeço a cama também.

- Ta bom.

Eram cinco horas da tarde, alguém bateu na porta, é claro que eu sabia quem era. Júnior já tinha colocado o cartaz, e um chapéu de aniversário. Ignorei e fui abrir a porta. E é claro estava ela com suas coisas, sorrindo pra mim, com o motorista segurando sua mala, e sua mãe do outro lado. Saí imediatamente da porta, e acenei para que entrassem. Todos os três entraram, o motorista deixou a mala e retornou para o carro. Júnior pulava, tentando chamar a atenção, mas ela só olhava pra mim. De repente, a Sra. Thunner, pigarreou, puxando nossa atenção.

- Bem, você está bem equipada. E pelo visto é bem vinda. – olhamos todos para Júnior. Enfim, ele parou de pular, e sorriu.

- Bem vinda Joane. Tenho uma surpresa para você. Pelo menos o Thomas ficou surpreso. – ele soltou uma risadinha.

- Huuum, depois quero ver. – deu um suspiro de entusiasmo. Ela era muito engraçada quando fazia isso.

- Claro.

A Sra. Thunner ainda esperava. Acho que ela queria botar “regras”.

- Bem, é só isso, e sejam felizes!

- Vai estar lá na nossa formatura? – Todo mundo entendeu o que ela quis dizer.

- Sim, claro querida. Embora, depois de hoje, o comportamento de seu pai irá mudar e se ele não for, mas eu estarei lá. Eu prometo. – e passou a mão em seu rosto. - E isso basta. Sei que querem comemorar, pelo menos aquele rapaz me demonstra isso. Tchau para todos.

- Tchau mãe.

- Tchau Sra. Thunner.

- Adiós Sra. Thunner. – gritou Júnior.

Senti uma lágrima descer do rosto de Joane. Meu dedo automaticamente a enxugou. Tomei-a em meus braços, e sussurrei:

- Não quero que faça nada que a deixe triste. Por favor, eu espero.

Ela virou-se para mim e me abraçou. Também sussurrou:

- Aposto que ninguém está mais feliz do que eu agora. Só que é difícil pensar no que minha mãe irá escutar do meu pai. Imagino o quanto ele será ignorante, e grosso.

Abracei-a para mais perto de mim, e beijei sua testa. Senti-a suspirar. Um suspiro de dor. Mas é claro que Júnior não a deixaria escapar.

- Tudo bem, vai deixar os choros para depois, agora você vai ver meu presente de padrinho do casamento.

Ele a puxou, levando-a para o quarto. Eu os segui, nervoso, pensando em qual seria sua reação. Parei na porta enquanto ela estava paralisada no meio do quarto e Júnior em cima da cama. Se ela quisesse matá-lo não faria esforço nenhum de sair dali onde estava. Ela parecia estar engasgada. Fui perto dela e passei meus braços por sua cintura.

- Você está bem amor?

- Claro, só estou surpresa.

- Eu avisei para o júnior que você iria ficar chateada, e...

- Shiu! Não estou chateada. Agora é menos uma coisa para comprar. Obrigada Júnior.

- Que bom que gostou! Eba! – tudo bem, ele se convenceu.

- E onde você vai dormir?

- Onde eu vou dormir, ou onde eu e o Thomas vamos dormir? Quer dizer que vocês já querem dar o próximo passo antes de...?

- Não! – acho que ela entendeu tudo o que ele falava de asneira.

- Ta bom. Nós vamos dormir lá na cozinha. O beliche está instalado lá.

- Ah claro. - e ela finalmente sorriu.

Nosso jantar foi uma maravilha, claro, a Joane que cozinhou. Era a noite de sessão de filmes. Claro teria que haver uma discussão.

- “American Pie”? Não, esse não.

- Esse é o melhor que temos.

- Ou o melhor que você tem?

- Acho que Joane não se importaria de assistir.

- Mas sou eu que me importo.

- Chega meninos! – interrompeu ela. – Eu tenho um filme de romance aqui e vocês vão adorar.

- Qual o nome?

- “Um Amor Para Recordar”.

- Nossa, pra que recordar?

- Depois você me dirá a resposta.

Ela colocou o filme, e começamos a assistir. Ela deitou no meu colo, e Júnior deitou no outro sofá. Não sei se estava na metade do filme, eu a senti parada, sem movimentos, só ouvia o som da sua respiração. Olhei, e ela estava dormindo. Pedi para que Júnior arrumasse a cama para eu pô-la lá. Nunca imaginei isso, mas ele estava chorando. Foi muito engraçado. Eu queria rir, mas tinha medo de acordá-la. Deitei-a na cama e dei um beijo em sua testa, e a deixei ali no seu sono profundo. Eu só sei que no final do filme, eles se casaram e ela morreu de leucemia. Senti um arrepio, não sei por quê. Segui rumo ao beliche e me estiquei, super cansado. O outro dia era sábado, então tinha mais tempo para descansar. Acordei com o sol na minha cara, e com alguém mexendo no meu cabelo. Levantei, ainda não estava acostumado, mas que teria que fazer isso, pois em menos de uma semana eu estaria casado com essa menina, linda, que eu amava, e que pelo que ela falava, e eu acreditava, que ela me amava também. Ela deu uma risadinha.

- Bom dia amor, eu te assustei? Desculpa.

- Não, não meu amor, eu estou bem. Na verdade, eu fiquei surpreso de estares aqui deitada comigo.

- É, mas eu não queria te acordar. Desculpe-me.

- Não fica assim. Não se sinta culpada. Até foi bom, assim eu não me acostumo mal.

E nós dois demos gargalhadas.

- Eu te amo tanto. – ela passou sua mão em meu rosto, e seus lábios encontraram os meus.

Foi um beijo sério. Mas consegui me controlar, afinal, não esquecera da minha promessa. E tudo foi interrompido por uma pessoa, intrusa naquele momento, Júnior.

- Bom dia para vocês dois, o café está na mesa!

- O café está na mesa porque eu fiz. – ela o interrompeu.

- Que seja. Chega dessa coisa aí. É falta de respeito com quem é solteiro!

- Você é solteiro porque quer.

Depois dessa, fui obrigado a rir. Ele é solteiro porque fica com todas, e não consegue descobrir o que é amar. E eu estava com fome, já que ninguém se levantava, eu tomei a iniciativa.

- Vamos? O café vai esfriar.

- Vamos.

Finalmente, eu tomei um café real. Um café com gosto de café. Ultimamente, ou eu tomo água fervente com um pozinho de café, ou um pirão de café quentíssimo. Aquilo sim era um café. À tarde, fomos ao parque, só nós dois. Eu precisava de um tempo só com ela. Chegamos e sentamos em um banco, e ali ficamos abraçados.


Continua?

Beijão pra todos.

sábado, 13 de novembro de 2010

1º Capítulo

Oiii, lá vai o primeiro capítulo.
Apreciem até dia 15, pois não estarei neste feriadão, então só postarei o 2º capítulo no dia 15.

1º Capítulo

Todo dia, meu compromisso era buscar minha namorada para irmos à escola. O nome dela era Joane. Ta, tudo bem, nós íamos de bicicleta, não era lá muito romântico, mas eu gostava quando ela estava junto comigo. Ali, estava eu na porta da casa dela, esperando-a. De repente, lá estava ela, vindo em minha direção, o sorriso era de tirar o fôlego. Beijamos-nos, e enfim um bom dia.

- Oi amor, bom dia!

- Bom dia. Preparada para mais um dia?

- Vamos, mamãe vai pirar se nós demorarmos aqui.

A escola não era longe. Mas eu me sentia um pouco inferior aos outros rapazes, mas o que me importava? Eu namorava a garota que todos desejavam, isso era uma vitória. Chegamos e fomos cumprimentar nossos amigos: Aline, Jason, Maggie e Júnior. Júnior é o que mora comigo.

- Oi pessoal, e aí Maggie, a quantas anda a formatura?

- Anda as mil maravilhas! Nossa nem vejo a hora, o dia...

Revirei os olhos. Era bom eu e Joane termos paciência. Não sei como a Maggie podia ser tão elétrica, empolgada com festas! Mas é claro que Júnior não podia deixar passar o minuto sem falar:

- E aí, Thomas, quando que Joane vai morar lá com a gente?

- Vamos esperar que ela decida o momento certo.

- É porque sabe como é. A partir do momento que ela entrar lá, a comida vai fazer algum sentido, vai ter algum gosto.

- É verdade, aquela gororoba que você faz, só me deixa ainda mais nauseado.

- Há há há, que engraçado.

Nem percebi que todos da mesa estavam prestando atenção em nós dois. O sinal tocou, e fomos para a sala. A professora Loranete, mesmo faltando menos de quinze dias para acabar as aulas, a coroa ainda inventa trabalho para fazermos! A voz dela era irritante, mas nós tínhamos que aturar:

- Bem pessoal, o trabalho que vocês irão fazer, será um tipo de entrevista com um colega de classe, sobre seus anos aqui na escola. O trabalho será em duplas.

Vi quando Joane virou-se, olhou para mim e sorriu, dei uma piscadela rápida para ela. Júnior não perdeu tempo, novamente:

- Professora, a senhora se importaria se eu fizesse trabalho em três? É que teremos uma nova hóspede a partir de amanhã, e sabe como é, minha dupla se fora.

- Sr. Mosbin, não vejo sentido nenhum nisso, para que o senhor queira fazer o trabalho em três, junte-se com outra pessoa.

- Mas Sra. Kurten, não é nem por mim, sério. Mas é que eu tenho medo de levar alguns hematomas no meu corpo.

- Não entendo Sr. Mosbin, poderia ser mais claro? Quem iria machucá-lo?

- Ah! Vai que a Joane resolva fazer o trabalho comigo? O Thomas não vai aceitar isso!

Eu desejei naquele momento, poder realmente fazer dele picadinhos, imaginei que Joane estava pensando o mesmo. Ou não, Joane era tão paciente, tão bondosa, que creio que ela jamais pensaria nisso. Mais eu pensei, só que me manter em controle estava difícil mesmo, fiquei calmo pela Joane, e por mim também, não queria em menos de quinze dias para terminar as aulas, eu me meter em encrenca na escola, e fazer uma visitinha na diretoria. Não, isso não.

O sinal tocou, e era hora do intervalo. Estávamos nos dirigindo para a fila, para pegarmos nosso lanche. Senti Joane me cutucar, olhei e ela, com os olhos suplicantes, pediu:

- Por favor, Thomas, não brigue com Júnior, ele não tem consciência do que diz.

Inacreditável! Como uma pessoa podia ser tão paciente e tolerante com aquele idiota! Não tinha palavras para isso. Ela me olhando com aquele olhar suplicante, chega a doer meu coração. E eu jamais a magoaria.

- Tudo bem amor, não vou brigar com ele. Acho que ele está empolgado, pelo menos não terá que enfrentar a gororoba que ele faz. -fiz uma careta pra ela, nem sei se serviu pra convencê-la. Mas ela deu uma gargalhada de leve.

- Vou acreditar. - ela sorriu- Mas eu também estou empolgada com a mudança. Sério, só você que parece não estar feliz.

Ah! Então era eu o infeliz? Eu mereço.

- Não posso te dizer o quanto estou feliz por isso. Sério mesmo. Só que tenho medo.

- Medo?

- Você é tão nova! Tão menina! Tão... Você!

- E qual é o problema disso?

- E se seu pai resolver me prender? Você tem apenas 17 anos, Joane, é menor de idade. E querendo ou não, eu sou maior de idade.

- Pra que esse medo todo amor?

Então, ela largou a bandeja, e colocou suas mãos em meu rosto.

- Meu pai não poderá fazer nada. Ou você nunca ouviu dizer que o que Deus une, o homem não separa?

- Ouvi sim.

- Então, pra que temer? Ninguém e nada vai nos separar, eu te prometo.

- Ninguém e nada, claro.

- Está tranqüilo agora?

Fiz sinal que sim. Só eu mesmo, um bobão pra ficar temendo coisas ruins. É claro, daqui a uns dias, eu serei dela, e ela será minha, mas também não era só pelo pai dela que eu temia, eu tinha medo de avançarmos no sinal antes de nos casarmos. Sei o quanto significa “Casar Virgem” pra ela, mas com ela morando comigo, torna as coisas mais difíceis ainda. Mas eu a amava, e tinha prometido que iria me comportar, e eu cumprirei minha promessa.

Há dois anos, desde que começamos a namorar, a rotina era mesma de casa pra escola e da escola para casa. Eu a levava para a casa, ia trabalhar, e às vezes pela noite nos víamos. Mas isso iria mudar a partir de amanhã, pois a partir daí, iríamos para o mesmo lugar. Ela pegou suas coisas, me preparei para começar a pedalar, mas ela segurou minha mão. Suspirou, deu uma risadinha, e disse:

- Não precisa nem me dizer o porquê do nervosismo. Eu entendo. Também estou preocupada com isso. Mas você prometeu pra mim, e sei o quanto você me ama, e que irá cumprir isso. Mas não fique assim, os dias passam rápido, e logo, nos pertenceremos um ao outro. Eu te amo.

Não precisei ouvir mais nada. Só senti sua mão roçando meu cabelo, seus lábios nos meus, eu também não fiquei por menos, puxei seu corpo mais perto do meu. Beijamos-nos até a mãe dela chamá-la:

- Joane, já está na hora de entrar.

Ela se aproximou de nós, e pigarreou. Nós nos afastamos. Ela sorriu, e disfarçando, falou bem baixinho:

- Boa tarde, Thomas. Pelo visto vocês estão empolgadíssimos para amanhã.

- É mesmo, o único aqui que não demonstra isso é o Thomas.

Mas que coisa, hein! O único infeliz continuava sendo eu. Acho que ela queria que eu andasse sorrindo o dia todo e que falasse lá na rádio da escola que ela iria morar comigo! Mas respirei fundo e dei uma risadinha.

- Está com o pé atrás, Thomas? – Ela me perguntou, erguendo uma sobrancelha.

- Não Sra. Thunner, estou muito feliz, sim, apesar de não demonstrar muito.

- Tudo bem, então, mas Joane ainda mora comigo e já está na hora de entrar. Vamos mocinha?Não quero encrenca com o seu pai. Seja boazinha.

Boazinha? Ela estava de brincadeira. Desde quando Joane não é boazinha? Ao contrário, ela é maravilhosa. Mas preferi ficar quieto. Ela tirou sua mão da minha, pegou suas coisas, me deu um selinho, e foi pra casa. Eu acenei um tchau e uma boa noite e fui para minha casa também, ou melhor, o cafofo que eu dividia com meu melhor amigo. Um melhor amigo que nesse momento eu queria pelo menos o fígado dele.

Cheguei ao corredor, dirigi-me à porta, e por milagre, Júnior já estava em casa. Abri a porta, e parei, aquele cafofo estava uma bagunça! Fui até a sala, onde o vagabundo estava deitado. Dei um tapa na cabeça, que o fez cair no chão. Desliguei a televisão e já comecei meu discurso:




Continua?

Comentem ;)

domingo, 7 de novembro de 2010

Tudo Novamente - Prólogo

Oi pessoal, lá vai a história novamente.
Vamos começar pelo começo, certo? kkkkkk


Prólogo

Quando você está feliz, com a pessoa que você ama, nada te importa. E, às vezes, você se pergunta se não existe tristeza para você. Mas quando a felicidade aumenta, e você ganha outra razão pra viver, você se julga o felizardo. Por um acidente, sua metade se fora, você só não se vai porque existe outra razão para ficar. E a partir daí, você descobre o que é sofrer, o que é chorar...