Amor Além Da Vida

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sábado, 8 de janeiro de 2011

14º Capítulo

O dia foi tranqüilo. Hoje não tinha muito serviço, então o chefe liberou mais cedo. Fui para casa, e claro, Daphny estava lá. Peguei-a no colo e a beijei. Júnior também já estava em casa. Fui até a cozinha e Clarisse estava preparando o jantar. Sem querer forçar a barra, mas já perguntei.

- Então Clarisse, você já pensou?

- Pensei. Só não sei quando vou falar pra ele.

- Hum. Eu e Daphny vamos jantar fora hoje. É sexta, preciso de um tempo com minha filha, e vocês precisam se acertar.

- Tem certeza? Acha que é a melhor hora?

- Você não terá outra hora. Esse final de semana eu vou ficar em casa, e as coisas vão ficar complicadas se você deseja falar com ele a sós.

- Não, tudo bem. Bom jantar para vocês. Tchau gatinha da tia. – beijou Daphny e continuou o jantar. Fui até a sala falar com o Júnior.

- Júnior, eu e a Daphny vamos sair. Clarisse quer falar com você, sobre aquele assunto.

- Sério cara? Nossa, creio que ela vai dizer não. Eu fui um imbecil, falei coisas sem sentido.

- Você foi não, você é um imbecil.

- Obrigado. Valeu pela força.

- Agradeça a mim que a fiz pensar mais um pouco. Se ela disser não, não foi por falta de incentivo á ela dizer sim.

- O que você falou para ela?

- Nada demais. Vou sair com minha filha. E vocês se comportem. – essa última frase eu meio que gritei, porque servia para os dois.

Saí e rezei para que tudo desse certo. Fomos a uma lanchonete ali perto. Conhecia quase todos, e eles estavam loucos para conhecerem Daphny. Quando entrei, logo vi a roda de pessoas. A Sra. Curtney foi a mais gentil.

- Gente, por favor, deixe ele se sentar com ela, ou eu desconto do salário de vocês! Eu falo sério.

Eu sorri e me dirigi à primeira mesa que eu vi vaga. Deixei o bebê conforto em cima da mesa, Daphny estava nele. Olhei, mas só a Sra. Curtney estava esperando. Eu disfarcei e peguei o cardápio. O mesmo de sempre. Ela veio e mexeu na cadeirinha. Eu olhei, vai que não é ela.

- Desculpe, ela é muito linda. Muito parecida com Joane. Ela tem os seus olhos. Isso a deixa mais linda. – sorriu. Daphny também sorriu. – Oi gracinha, seu pai resolveu trazê-la aqui? Já estava quase indo lá te ver. O que vai querer comer Thomas?

- O mesmo de sempre, se a Sra. ainda se lembrar.

- Claro que me lembro. E o que vai querer dar a ela?

- Eu trouxe uma mamadeira. Ela vai se sustentar com ela.

- Tudo bem, vou lá entregar seu pedido. Importa-se de meus funcionários virem vê-la?

- Claro que não. Pode deixar. Só peça que venha um de cada vez, para ela não se assustar.

- Sim, sim. Já trago seu lanche.

- Obrigado.

Dei a mamadeira para Daphny, os funcionários vieram um de cada vez. Foi engraçado, porque os que vinham queriam ficar brincando com ela, e os que esperavam brigavam com os outros porque queriam vir ver também. Daphny só sorria, e todos se encantavam. Meu lanche veio, e tive que dividir com ela, o pão pelo menos, ela ainda estava com fome. Mas eu não queria dar essas coisas para ela, ela é muito novinha ainda. Comi rápido e voltei para casa. Cheguei em casa, nenhum sinal dos dois. Rezei para não encontrá-los na minha cama. Olhei e nada. Daphny puxava minha camisa, já sabia o que ela queria. Fui para a cozinha e fiz mais um a mamadeira e dei a ela. Peguei-a no colo, e ela logo dormiu. Botei-a no berço, e fui para sala a fim de assistir televisão. Quando eu fui deitar no sofá, ali estavam os dois nos amassos. Se eu perguntasse o que tem na TV, eles não saberiam responder. Pigarreei e eles se afastaram. Uma irmã era completamente diferente da outra, pelo que percebi. Joane e eu nunca fizemos isso enquanto namorávamos, ainda menos quando era no começo do namoro. Nem pensar. Pensei em eu e ela fazendo isso. Mal consegui. Voltei para o presente. Eles se tocaram e pararam. Ficaram olhando para mim, assustados, pegos em surpresa. Ficaram sentados, creio, esperando eu falar algo. Não perdi tempo.

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